O Globo - André de Souza,
O
ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
e integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), classificou a reunião
mantida com o presidente Temer, na noite da terça-feira da semana
passada, fora da agenda divulgada pelos dois, como absolutamente normal.
Segundo ele foi um conversa na condição de presidentes do TSE e da
República, e não de juiz e investigado, para tratar da reforma política.
Como foi marcada esta reunião?
Eu
tinha um encontro com o ministro (da Secretaria-Geral) Moreira Franco.
Estava na minha agenda inclusive. Nós ficamos de conversar sobre várias
questões. Pela manhã tinha tido um debate sobre a reforma política aqui
no TSE com 28 representantes de partidos. E a sequência era essa. Nós
íamos conversar sobre o que era possível fazer nesse contexto. Mais
tarde ele me ligou dizendo que o presidente também iria. Absolutamente
normal.
Um caso que poderia ser comparado é se o juiz Sérgio Moro recebesse o ex-presidente Lula e o ex-ministro José Dirceu. Isso...
Na
verdade, essa comparação é absolutamente imprópria. Nós estamos
discutindo aqui, desde o primeiro dia na minha gestão na presidência (do
TSE), a reforma política. E temos conversado com todos os atores. Eu
não estou aqui pedindo certidão negativa de ninguém, nem posso. Estamos
discutindo questões que precisam ser encaminhadas. E cada vez mais o
tempo urge, nós estamos aí com a possibilidade da anualidade, precisa
ser deliberado até setembro (para a reforma política valer já na próxima
eleição, em 2018). Agora, também não veria nenhum problema de o juiz
Moro receber o presidente Lula ou José Dirceu.
Leia a reporgem completa aqui: Gilmar Mendes: ‘Não veria problema de Moro receber o presidente Lula’