O ministro de Minas e Energia, Fernando
Coelho, informou ao presidente Michel Temer na noite de sábado (20) que
pretende continuar no cargo. No sábado, o PSB, partido do ministro, decidiu pedir a renúncia do peemedebista e vinha desde então o pressionando para deixar a pasta.
Segundo relatos, em jantar no Palácio do
Alvorada, o presidente pediu ao ministro que seguisse no cargo. Ele
respondeu que sua posição em apoio à gestão peemedebista seguia igual e
que, portanto, continuará à frente de Minas e Energia.
O ministro encontrou-se com o presidente
na companhia de seu pai, o senador Fernando Bezerra (PSB-PE), que
também tem defendido o apoio do PSB à administração peemedebista. Além
da permanência do ministro, o presidente espera que pelo menos metade da
bancada federal do PSB na Câmara dos Deputados continue a votar com o
governo, como ocorrido na reforma trabalhista.
No documento em defesa da saída do
presidente, o PSB não fez qualquer menção à permanência do ministro no
cargo. “O ministro não é indicação do partido. Já sugeri que ele
deixasse o cargo, ele admitiu que em 24 horas iria pensar. Portanto, ele
tem liberdade para ficar, mas não em nome do partido”, afirmou o
presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.
O PSB também definiu fechar questão a
favor da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que estabelece a
realização de eleições diretas caso a Presidência da República fique
vaga. Em tese, isso significa que os parlamentares da sigla ficam
obrigados a votar a favor da PEC apresentada pelo deputado Miro Teixeira
(Rede-RJ) sob pena de expulsão da legenda.
O texto é uma proposta de mudança à
Constituição, que atualmente diz que, em caso de queda do presidente
tendo decorrido pelo menos dois anos do mandato, o próximo ocupante deve
ser escolhido por eleições indiretas, ou seja, pelo Parlamento.(Folha de Pernambuco)