Primeiro delator da Operação Lava Jato, o ex-diretor de
Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse já ter prestado 206
depoimentos à Justiça e ao Ministério Público sobre os esquemas de
desvios na estatal. O executivo passou cinco meses preso e contou ao
jornal O Globo que contabiliza as declarações porque escreve um livro
sobre a Lava Jato. Costa explicou que aguarda um posicionamento da
Justiça de Petrópolis sobre quais serviços comunitários vai prestar e em
que horários vais trabalhar. Ele esteve nesta quinta-feira (3) na sede
da Justiça Federal do Paraná para retirar a tornozeleira eletrônica que
utilizava desde que deixou a prisão, após firmar acordo de delação
premiada, assinado em agosto de 2014. Por determinação do juiz federal
Sérgio Moro, Costa cumprirá quatro horas de serviço comunitário, depois
de ter passado um ano em prisão domiciliar. No acordo, ele poderia ficar
dois anos utilizando a tornozeleira. Porém, como as delações se
provaram efetivas pela força-tarefa da Lava Jato, o período foi
reduzido.