O vice-presidente Michel Temer admite a dificuldade em reduzir
ministérios caso assuma o lugar da presidente Dilma Rousseff no
Planalto, mas quer reduzir cinco ou seis pastas caso assuma o poder. Em
entrevista o jornalista Gerson Camarotti no Palácio do Jaburu, ele ainda
comentou que não descarta nomear investigados pela Operação Lava Jato.
"Eu aventei a hipótese de 25, 26 ministérios, que seria uma redução de
cinco, seis ministérios. Há grande dificuldade. Você sabe que eu temo
muitas vezes eliminar alguns ministérios que dizem respeito à área
social. E como há muita acusação que eu estaria, digamos assim,
contrariando os direitos sociais auferidos ao longo do tempo, a
dificuldade reside exatamente aí. Como eliminar alguns ministérios que
dizem respeito à área social?", afirmou Temer. Ele disse que conta com
Henrique Meirelles para apresentar propostas de recuperação da economia.
Além disso, não descartou nomear políticos investigados pela Operação
Lava Jato para um eventual governo. "Não formalizei nenhum convite. De
toda maneira, num plano mais geral, o que posso dizer é que a
investigação ainda é o que é. Uma investigação. Não sei se isso pé um
fator impeditivo de uma nomeação", explicou. O vice-presidente também
preferiu não comentar sobre a hipótese de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um
réu na Lava Jato, assumiu a presidência caso ele faça uma viagem. "Isso
eu só avaliarei se eu vier a assumir o governo", despistou.