Da Radio Jornal
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Histórico opositor dos governos do PT, o ex-governador e deputado
federal Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) acredita que a crise política está
mais perto de um desfecho e que a presidente Dilma Rousseff (PT) não
deve conseguir resistir ao processo de impeachment aberto na Câmara dos
Deputados.
"Até 10 dias atrás a situação não estava definida. Agora está: Dilma
deve sair agora no mês de abril, no máximo no começo de maio", declarou
Jarbas. Para o pemedebista, a situação piorou por conta da nomeação do
ex-presidente Lula (PT) na Casa Civil e a divulgação dos grampos
telefônicos. "Foi desespero dele", disse Jarbas em relação a Lula.
Sobre a reunião da executiva nacional do PMDB marcada para a próxima
terça-feira (29), Jarbas diz não ter dúvidas que o partido do
vice-presidente Michel Temer deixará o governo. O ex-governador defendeu
Temer para ocupar o comando do país: "Temer tem uma trajetória longa,
maior que a do Itamar. Ele não pode parecer que está trabalhando a favor
do impeachment", disse.
Para Jarbas, "as únicas pessoas que falam em golpe são a Dilma e o
PCdoB. O Supremo definiu o rito do impeachment, não é uma criação da
oposição", defendeu. Para Jarbas, só o impeachment de Dilma resolveria a
situação atual: "passando na Câmara, o Senado não segura. O processo
chega com muita força, o país está pegando fogo, está no abismo", disse.