O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou da condição de colaborador voluntário a investigado na Operação Zelotes.
Nesta quinta-feira (4), o delegado da PF (Polícia Federal) Marlon
Cajado informou à Justiça Federal que existe um inquérito em andamento
para apurar uma suposta participação do petista e outros agentes
públicos em um esquema que compraria a aprovação de medidas provisórias.
O documento foi enviado no último dia 2
ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal, em Brasília,
para justificar críticas de advogados de que haveria um inquérito
"paralelo" investigando os mesmos fatos já denunciados à Justiça.
Em nota divulgada pelo Instituto Lula, o
advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula, disse que "nada
justifica a conduta do Delegado Federal Marlon Cajado ao afirmar que o
ex-Presidente Lula seria investigado no Inquérito 1621/2015".
Segundo a defesa de Lula, "o
ex-Presidente foi ouvido no dia 6 de janeiro na condição de informante,
sem a possibilidade de fazer uso das garantias constitucionais próprias
dos investigados". Por fim, afirma: "Não há nenhum elemento que
justifique a mudança do tratamento".