A direção do PMDB planeja resolver até o fim deste mês o futuro do
secretário municipal de Educação, Gabriel Chalita (PMDB-SP), que está em
atrito com o partido desde a chegada da senadora Marta Suplicy, em
setembro. Marta é o nome mais cotado para disputar a Prefeitura de São
Paulo pela legenda nas eleições deste ano.
Chalita integra o governo de Fernando Haddad (PT), em São Paulo,
desde janeiro do ano passado. Ele defende a manutenção da aliança, mas
passou a manifestar interesse em disputar a Prefeitura depois da chegada
de Marta a fim de não perder espaço dentro do PMDB.
Peemedebistas de São Paulo falam reservadamente que Chalita vai abandonar a legenda até fevereiro próximo.
O destino mais provável do secretário de Educação é o PDT. A troca
conta com o aval de Haddad, que batalha para manter o projeto de ter o
atual peemedebista como vice de sua chapa no ano em que disputará a
reeleição à Prefeitura.
No mês passado, o secretário de Educação chegou a afirmar
publicamente que vai sair do PMDB se Marta for mesmo a candidata do
partido na disputa à Prefeitura neste ano. Na mesma ocasião, Chalita
disse também que a "imposição" do nome da senadora ia "contra tudo" que
ele construiu no partido - o peemedebista afirma ter filiado mais de 20
mil pessoas ao PMDB e ter montado a juventude da legenda.
O PMDB paulista reagiu institucionalmente sobre as declarações dadas
pelo secretário de Educação. Em nota divulgada no mesmo dia da fala de
Chalita, o secretário-geral da sigla, deputado estadual Jorge Caruso,
escreveu que o "PMDB não tem compromisso com o prefeito, ao contrário de
Chalita".