De O Globo - Jailton de Carvalho
Carlos Alexandre citou envolvimento de políticos que teriam recebido recursos de empreiteiras
O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou, por intermédio
de sua assessoria de imprensa, que vai analisar o conteúdo da delação
premiada de Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como Ceará, após o
recesso do Judiciário, em fevereiro. Ele citou suposto envolvimento de
políticos, que teriam recebido recursos de empreiteiras envolvidas na
Operação Lava-Jato. Entre eles, foram citados o presidente nacional do
PSDB, Aécio Neves, senador por Minas Gerais, o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL) e o também senador Randolfe Rodrigues
(Rede-AP). Todos negaram envolvimento no caso.
A
delação de Ceará, que foi um dos entregadores de dinheiro do doleiro
Alberto Youssef, foi homologada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo
Tribunal Federal (STF).
O
procurador irá analisar as petições e adotar as providências cabíveis,
se vai decidir por abertura de inquérito ou arquivar. Cada petição será
analisada nos mesmos moldes como se deram as colaborações dos delatores
Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef.