A avaliação do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, de que o PT “se
lambuzou” no poder acentuou a crise entre o governo e a legenda (veja aqui).
Segundo a Folha de S. Paulo, integrantes da direção da sigla, deputados
e senadores classificaram a crítica como “um ataque desnecessário”.
“[Wagner fez] coro com o antipetismo raivoso que anda em moda na direita
e na extrema direita do país. Com a responsabilidade que ele tem,
deveria ser menos metafórico e mais politizado nas suas declarações”,
reagiu o ex-ministro da Justiça, Tarso Genro. "Sustentar o governo mesmo
quando ele se distanciou da sua base social e do seu programa também
desgastou o partido. O momento é de ajustar o rumo do governo e do
partido, garantir e aprofundar as conquistas e não ficar se atacando
mutuamente", complementou o presidente do PT em São Paulo, Emídio de
Souza. Em sua página no Facebook, o líder da corrente Articulação de
Esquerda, Valter Pomar, ironizou a fala de Wagner. "Acho que em 1998,
num encontro nacional petista, um determinado senhor disse que o
problema do seu partido é que ele tinha que aprender a ser uma grande
máquina eleitoral. Muitos anos depois, este mesmo senhor agora critica o
seu partido porque se 'lambuzou'", alfinetou.