Na manhã do último
sábado (9), a população de Juazeiro e Petrolina parou a Ponte Presidente
Dutra, por 30 minutos, e pediu justiça pela morte da criança Beatriz
Angélica que foi brutalmente assassinada no Colégio Maria Auxiliadora no
dia 10 de dezembro e a polícia responsável pelo caso, ainda não tem
respostas para o crime.
Segundo dados da
organização, o ato reuniu dezenas de pessoas. “Esse é um movimento
legítimo de uma sociedade que está acuada, de uma sociedade que está com
medo, afinal de conta tem um assassino caminhando entre nós”, disse um
dos organizadores da manifestação, Marcos Brasil.
Essa é a segunda
vez que pais, mães, crianças e amigos da família de Beatriz se reúnem
para chamar a atenção de todos, para que o caso não seja esquecido. ”Nós
estamos aqui e vamos vim quantas vezes for necessário porque o bandido
ainda está solto. É um crime emblemático, é um crime onde a criança não
estava exposta, a criança estava em meio a uma festa com centenas de
pessoas. O culpado tem que aparecer. Dizem que não existe crime
perfeito, ou será que existe?”, questionou Marcos.
Os manifestantes se
reuniram na ponte com cartazes, blusas com a imagem de Beatriz, balões
brancos e apitos. Lígia dos Santos que mora em Petrolina e tem uma filha
de 7 anos, declarou a filha está assustada e que mesmo com medo da
violência que cerca a cidade, resolveu leva-lá para clamar por uma
sociedade mais sossegada.
“Nós precisamos da
nossa velha Petrolina, de paz. Que a gente possa sair de casa, poder
sair para um parquinho, deixar nossos filhos na escola e ficar
sossegados, porque nós não estamos tendo sossego com tanto assassinato
de criança, principalmente esse caso da menina Beatriz”, desabafou.
Os manifestantes
também pediram por reforços nas investigações do caso. “Nós estamos aqui
com o objetivo de fazer com que o governo do estado dê a devida atenção
a esse crime e que mande uma força tarefa da capital para ajudar aos
policiais que já estão na investigação aqui”, acrescentou Marcos.
Após interditarem a
ponte presidente Dutra, os manifestantes seguiram em passeata em
direção a Avenida Guararapes em Petrolina. O ato encerrou ao lado do
Colégio Maria Auxiliadora, local onde Beatriz estudava e foi
assassinada. A população fez uma grande roda e fizeram orações.
Outra manifestação
está marcada para o dia 18 de janeiro, quando o governador de
Pernambuco, Paulo Câmara, estará em Petrolina para participar da
inauguração do Chapéu de Palha.
Com informações Ângela Santana