Ricardo Boechat - ISTOÉ
O
“colaboratômetro”, que mede as chances de possíveis delações premiadas
na Lava Jato, registrou na quinta-feira 3 a primeira oscilação nas
expectativas de Delcídio do Amaral. Mais que abandonado, ele se sente
traído pelos amigos do Planalto e do Congresso. Se seu calvário se
prolongar, falará. Há dias, um advogado que transmitiria palavras do
colega Renan Calheiros teve a visita recusada pelo senador.
Enquanto
isso, cerca de 4 mil habeas corpus serão impetrados na Justiça do Rio
nos próximos dias pela soltura de presos cujas ações mofam na vara de
execução penal. A iniciativa da Defensoria Pública do Rio, através do
Núcleo do Sistema Penitenciário, vem depois do órgão enviar ao Tribunal
de Justiça lista com cinco mil detentos pedindo a análise de seus
direitos vencidos - e nada foi feito. Vale lembrar que a razoabilidade
na duração do processo e o princípio da dignidade humana são preceitos
constitucionais.