Blog do Kennedy
É
alta a chance de o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deixar o
PSDB. Dirigentes do PSB já o convidaram a se filiar ao partido. E
desejam que ele faça isso logo, a fim de que alianças políticas possam
ser construídas para 2018 e para que possa ser nacionalizado o nome de
Alckmin, que aparece com menos cacife do que Aécio nas pesquisas sobre a
sucessão presidencial. A situação de Alckmin no PSDB é delicada.
Hoje,
quem controla a máquina tucana é Aécio, que preside o partido e
facilmente venceria uma disputa interna pela indicação para disputar a
Presidência da República pelo PSDB. Se permanecer no partido, Alckmin
dependerá de um lance de sorte para concorrer ao Palácio do Planalto.
Esse
isolamento no PSDB nacional explica por que Alckmin escolheu apoiar o
empresário João Dória para disputar a Prefeitura de São Paulo. Dória é
quem faz a ponte de Alckmin com empresários, inclusive para arrecadar
recursos eleitorais. Aécio, o senador José Serra e o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso preferem que o vereador Andrea Matarazzo seja o
candidato a prefeito.
Dória
e Matarazzo são candidatos fracos, sem expressão nas pesquisas e têm
traço elitista. Não são populares. A esperança deles é chegar ao segundo
turno contra Fernando Haddad, acreditando que a rejeição ao petista
favoreça o postulante tucano.
Se
o PSDB atropelar Alckmin e impuser Matarazzo, o governador ganhará
desculpa para sair do partido e ingressar no PSB. Alckmin vive um
momento difícil. Perdeu popularidade nas pesquisas. Conduziu mal a crise
com os estudantes que ocuparam as escolas.
O
Estado de São Paulo, aliás, está até hoje sem o sucessor do secretário
da Educação que caiu com o recuo de Alckmin em relação ao fechamento de
escolas. Isso é uma falta grave. Já deveria ter sido escolhido um novo
secretário para substituir Herman Voorwald.
Em
resumo, Alckmin vive um período de dificuldades no governo e no PSDB.
Uma filiação ao PSB poderia lhe dar a chance de uma guinada importante
em sua carreira política.