Está afinal chegando ao fim o reinado e o descalabro
patrocinado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Envolvido em uma
série de problemas de corrupção, o deputado comanda um grande grupo de
parlamentares que o acompanha e, assim, passou a mandar na Câmara como
se rei fosse, seguido por asseclas. No início da noite desta
quarta-feira (17) o procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
protocolou no gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),
Teori Zavascki, um processo contra ele que, provavelmente, será
apreciado amanhã ou, se não houver tempo em função da apreciação pela
Corte do impeachment de Dilma, no sábado, em sessão especial dos
ministros do STF. São muitas as complicações de Cunha, inclusive a sua
intromissão no Conselho de Ética que ele não aceitou - até agora -
receber a intimação para se defender. No rol da corrupção são muitas as
informações, entre elas a transferência de dinheiro para a Suíça,
envolvendo ainda sua mulher e a filha. Com relação à CPI da Petrobras
ele teria intimidado testemunhas, sem se falar em inúmeros envolvimentos
em diversos tipos de corrupção que, mesmo deles sabendo, seus asseclas o
acompanham para onde vá. O procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, esperou o momento certo para desferir um golpe certeiro ao
protocolar o documento no Supremo. Com isso, dificilmente a Corte
entrará em recesso antes de apreciá-lo, mesmo que seja numa sessão
especial no sábado para determinar o afastamento imediato de Eduardo
Cunha. Uma possível decisão que ele não esperava,