Dilma
Rousseff discutia a votação da nova meta fiscal. Como se percebesse
algo ruim no ar, preferiu não almoçar em casa, decisão rara desde que a
mãe ficou doente. Tudo indicava que o dia terminaria bem. Até Eduardo
Cunha surgir na TV. Após minutos reflexiva, rompeu o silêncio. “Vou
falar hoje”, disse, ordenando que um assessor buscasse no Alvorada a
muda de roupa que usaria no pronunciamento. Na volta, desabafou: “Todos
conhecem meus defeitos. Sabem que não sou ladra”. A informação é de
Natuza Nery, na sua coluna desta quinta-feira, na Folha de S.Paulo.
Segundo
a colunista, depois de escrever, com auxílio de alguns ministros, seu
discurso de defesa de próprio punho, a presidente ligou para o vice
Michel Temer: “Não podia mais ficar sob chantagem”, afirmou.
Lula
telefonou para manifestar apoio enquanto a sucessora rascunhava o
discurso. Tão logo retornou a seu gabinete após o pronunciamento,
assessores e congressistas que a visitavam puxaram uma salva de palmas
para a petista.