A Polícia Civil de Petrolina está investigando o assassinato de Beatriz Angélica Mota, de apenas 7 anos de idade, que foi morta a facadas na noite de ontem (10) dentro de uma sala do Colégio Maria Auxiliadora,
no Centro da cidade. O crime ocorreu durante a realização de uma festa
de encerramento do ano letivo. A garota estava acompanhada dos pais,
sendo ele professor da unidade de ensino.
Segundo a delegada Sara Machado, que
está à frente das investigações, já foram ouvidas pessoas que estavam no
evento e também alguns suspeitos. “Algumas pessoas que estavam nas
imediações do evento já foram ouvidas e estamos seguindo outras linhas
de investigações que não podemos divulgar”, informou Sara, durante coletiva de imprensa na tarde de hoje (11).
A delegada disse que a investigação
segue com o apoio das Delegacias do bairro Ouro Preto, do Centro, da
Polícia Federal, da PM e da Delegacia de Homicídios. Sara também
informou que estão sendo analisadas imagens de câmeras de segurança. “Imagens
da escola, da vizinhança e de pessoas que estavam na festa já estão
sendo analisadas, mas até agora não temos nada conclusivo.”
Sobre um boato de que a garota teria sofrido abuso sexual, a delegada descartou. “Não
houve violência sexual, nem tentativa. A garota estava vestida. Por
conta disso, a intenção específica [do criminoso] era de matar”, afirmou Sara, dizendo que “nenhuma motivação nessa intenção de matar pode ser descartada.”
A delegada também disse que o Instituto
de Criminalística (IC) fez um levantamento e já se sabe que a garota foi
morta no mesmo local em que foi encontrada – uma sala onde os materiais
esportivos do colégio eram guardados. “Pelas informações
preliminares da perícia, a criança foi morta naquele local. O IC fez um
levantamento no local para levantar estruturas físicas que possam ter
impressões digitais, restos de pele, cabelos”, frisou.
Boatos em redes sociais
Após o crime, surgiram diversas versões
sobre o caso e a divulgação de fotos de pessoas supostamente suspeitas.
Sobre o assunto, a delegada disse que a Polícia Civil (PC) não divulgou
nada e que as pessoas que disseminam esse tipo de informação podem ser
responsabilizadas criminalmente. “Não existe nenhuma informação
oficial da PC sobre o crime. A gente pede às pessoas que não
compartilhem imagens em rede sociais, pois podem colocar em risco a
integridade de inocentes. Quem fizer isso pode ser responsabilizado
criminalmente”, finalizou. As investigações do caso vão continuar.