Um
dos maiores temores de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é que a Justiça
determine a prisão de sua mulher, Cláudia Cruz, que tem conta em seu
nome na Suíça, e da filha do casal, Danielle Cunha, que aparece como
dependente em documentos bancários no exterior. A observação é de Mônica
Bergamo, na sua coluna desta quarta-feira na Folha de S.Paulo.
Diz
a colunista que apesar da aparente frieza e calma, o presidente da
Câmara dos Deputados tem revelado o temor a interlocutores mais
próximos.
A
prisão do próprio Cunha seria possibilidade mais remota. Ela precisaria
ser determinada pelo plenário do STF (Supremo Tribunal Federal), já que
ele é presidente da Câmara dos Deputados.
Cunha considera que tem um ponto a favor das duas: a investigação sobre elas correndo
no STF (Supremo Tribunal Federal), e não no Paraná, sob a jurisdição do
juiz Sergio Moro. Cunha acredita que o STF tomará maiores cuidados que
Moro em relação a qualquer medida mais drástica que possa atingi-las.
E
Cunha reluta em fazer acordo em que renuncia à presidência da Câmara em
troca de salvar o mandato de deputado federal porque "não confia nos
interlocutores" que buscam convencê-lo da ideia.