Eduardo
Cunha já estava de banho tomado e cabelo alinhado quando a polícia
bateu à sua porta, revela Natuza Nery, hoje na Folha de S.Pauo.
“Esperávamos isso há três meses. Imaginávamos como seria esse dia”,
disse um segurança do presidente da Câmara a um dos agentes. Cunha ficou
furibundo ao ver a Polícia Federal em sua casa. Mas, de tarde, já havia
recomposto o tom belicoso. “É ruim me derrubar assim. Precisa de algo
mais forte”, desafiou, para depois prometer “anular tudo” contra ele no
Conselho de Ética.
No endereço de Cunha no Rio, sua filha
mais nova, Bárbara (18), estava sozinha em casa quando a PF chegou. Como
os advogados demoraram a aparecer, ela acompanhou os agentes e teria
impedido, conforme relato do pai, ações além das determinadas no
mandado.
Em razão da quantidade de documentos
apreendidos na casa do presidente da Câmara, os agentes solicitaram uma
viatura extra para realizar o transporte de toda a papelada.