terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Confraternização: Dilma denuncia tentativa de golpe




Da Folha de S.Paulo - Ranier Bragon, Mariana Haubert e Gustavo Uribe
Em confraternização com congressistas aliados na noite desta segunda-feira (21), a presidente Dilma Rousseff afirmou que respeita o instituto do impeachment, mas que as atuais razões apresentadas pelos que querem sua destituição representam uma tentativa de golpe.
Segundo relatos de deputados e senadores que compareceram ao evento, no Palácio da Alvorada, a petista afirmou que não cometeu crime de responsabilidade e, por isso, acha ilegítima as razões que fundamentam a abertura do processo de impedimento.
A presidente teve as suas contas de 2014 rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União, parecer ainda pendente de votação pelo Congresso Nacional, que é quem dá a palavra final.
Ainda segundo relatos, Dilma pediu aos congressistas um voto de confiança para o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, pessoa que, segundo ela, tem a confiança do governo federal para fazer a economia retomar o crescimento.
Deputados ouvidos pela Folha disseram que, em sua fala, Dilma afirmou que 2016 aponta para a superação da crise econômica e política. E que ela demonstrou estar muito mais à vontade, "mais confortável", com Barbosa no comando da Fazenda.
Estiveram presentes líderes das bancadas aliadas na Câmara e no senado, além de ministros. O vice-presidente Michel Temer (PMDB), cuja relação com Dilma se estremeceu após a deflagração do pedido de impeachment, não estava no coquetel.
No evento, Dilma ganhou do deputado Sibá Machado (AC), líder da bancada do PT na Câmara, um quadro de uma artista plástica mineira.