O delegado de Polícia Civil da seccional
de Petrolina, Marceone Ferreira, que assumiu na última segunda-feira
(21) a chefia das investigações sobre a morte da menina Beatriz,
concedeu entrevista coletiva no final da manhã desta quarta-feira (23) a
imprensa do Vale do São Francisco.
A morte de Beatriz continua ainda sem um
desfecho e nenhum suspeito foi detido até o momento. Segundo o delegado,
a falta de provas testemunhais é o principal empecilho para o
encerramento do inquérito.
“Estamos trabalhando para afunilar as
linhas de investigação. Não é um caso simples de ser investigado. Todo
suporte necessário está sendo dado. Não será por falta de estrutura
que, eventualmente, não se tenha êxito. As provas testemunhais são
praticamente inexistentes e por isso temos que trabalhar com outras
provas técnicas e outros meios de investigação”, afirmou.
O delegado esclareceu que, apesar da
polícia ainda não ter chegado a uma conclusão sobre o caso, as
investigações sobre a morte da criança estão adiantadas. A polícia ouviu
50 pessoas e várias perícias foram realizadas. “Estamos reunindo as
informações já colhidas, iremos continuar com todas as investigações.
Tudo que havia na arma do crime foi colhido pela perícia. O laudo está
em sigilo e nós estamos aguardando uma conclusão. Vamos dar todo o
suporte para darmos uma resposta. É um caso complexo. Se fosse fácil já
estaria solucionado”, pontou.
O assassinato de Beatriz estava sendo
acompanhado pela delegada de Homicídios em Petrolina, Sara Machado. Uma
portaria expedida designou que o delegado Marceone Ferreira tomasse a
frente da chefia do caso. Sobre a decisão da Polícia Civil, o delegado
explicou: “Fui designado em caráter especial para assumir o caso
Beatriz. Essa designação se fez necessário pela chefia de polícia. A
delegada Sara Machado vinha perfeitamente fazendo um trabalho, no
entanto, o caso é de alta complexidade. Ela estava assoberbada com
outros trabalhos, outras investigações. Muitas investigações estavam
quase paradas, por conta do caso Beatriz. A chefia percebeu isso e achou
melhor especificar um delegado para o caso. Não houve nenhuma problema
na condução do caso com a delegada Sara”.
Entenda o caso
Beatriz Angélica Mota, 7 anos, foi
assassinada no dia 10 de dezembro durante uma solenidade de formatura no
Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora, no Centro de Petrolina. A
vítima estudava no colégio e era filha de um professor de inglês da
mesma instituição. A criança foi morta a facadas em um depósito de
material esportivo desativado, ao lado da quadra de esportes onde
acontecia a formatura.
Da redação Alinne Torres