quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Caso Beatriz: Em entrevista coletiva delegado afirma que falta de provas testemunhais é o principal empecilho para o desfecho do caso

O delegado de Polícia Civil da seccional de Petrolina, Marceone Ferreira, que assumiu na última segunda-feira (21) a chefia das investigações sobre a morte da menina Beatriz, concedeu entrevista coletiva no final da manhã desta quarta-feira (23) a imprensa do Vale do São Francisco.
A morte de Beatriz continua ainda sem um desfecho e nenhum suspeito foi detido até o momento. Segundo o delegado, a falta de provas testemunhais é o principal empecilho para o encerramento do inquérito.
“Estamos trabalhando para afunilar as linhas de investigação. Não é um caso simples de ser investigado. Todo suporte necessário está sendo dado.  Não será por falta de estrutura que, eventualmente, não se tenha êxito. As provas testemunhais são praticamente inexistentes e por isso temos que trabalhar com outras provas técnicas e outros meios de investigação”, afirmou.
O delegado esclareceu que, apesar da polícia ainda não ter chegado a uma conclusão sobre o caso, as investigações sobre a morte da criança estão adiantadas. A polícia ouviu 50 pessoas e várias perícias foram realizadas. “Estamos reunindo as informações já colhidas, iremos continuar com todas as investigações. Tudo que havia na arma do crime foi colhido pela perícia. O laudo está em sigilo e nós estamos aguardando uma conclusão. Vamos dar todo o suporte para darmos uma resposta. É um caso complexo. Se fosse fácil já estaria solucionado”, pontou.
O assassinato de Beatriz estava sendo acompanhado pela delegada de Homicídios em Petrolina, Sara Machado. Uma portaria expedida designou que o delegado Marceone Ferreira tomasse a frente da chefia do caso. Sobre a decisão da Polícia Civil, o delegado explicou: “Fui designado em caráter especial para assumir o caso Beatriz. Essa designação se fez necessário pela chefia de polícia. A delegada Sara Machado vinha perfeitamente fazendo um trabalho, no entanto, o caso é de alta complexidade. Ela estava assoberbada com outros trabalhos, outras investigações. Muitas investigações estavam quase paradas, por conta do caso Beatriz. A chefia percebeu isso e achou melhor especificar um delegado para o caso. Não houve nenhuma problema na condução do caso com a delegada Sara”.
Entenda o caso
Beatriz Angélica Mota, 7 anos, foi assassinada no dia 10 de dezembro durante uma solenidade de formatura no Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora, no Centro de Petrolina. A vítima estudava no colégio e era filha de um professor de inglês da mesma instituição. A criança foi morta a facadas em um depósito de material esportivo desativado, ao lado da quadra de esportes onde acontecia a formatura. 
Da redação Alinne Torres