por Samuel Celestino
Quando se chega a uma situação em que o Supremo Tribunal Federal
decide e autoriza a prisão de um senador, líder do governo no Senado,
significa que a deterioração do sistema político do país chegou a um
ponto crítico. Não só. O Judiciário sobrepujou os dois outros poderes, o
Executivo e o Legislativo, e tomou as rédeas para tentar colocar ordem
nesta casa de noca. Ao ser preso, o líder do PT, Delcídio do Amaral, o
seu partido demonstra que já não sabe como agir. Está perdido na crise
que acompanha Dilma Rousseff, que não parte exclusivamente dela, também
de Lula que tenta, de todas as formas, derrubar o ministro da Justiça,
José Eduardo Cardozo, por “não comandar” a Polícia Federal. O fato é que
PF é independente e assim tem que permanecer.
Pela primeira vez na história foi preso um senador da República no hotel onde se hospeda, no amanhecer de ontem. Se o país desanda por um lado, por outro segue o caminho certo amparado pela justiça. O caso de Delcídio é consequência de ter sido flagrado numa tentativa de impedir as investigações da Lava Jato que estavam sendo feitas contra ele. Tentava destruir provas o que poderia levar à queda do seu mandato.
Não foi somente ele. A Polícia Federal bateu à porta, também, do banqueiro André Esteves, do Banco Pontual, do chefe de gabinete do parlamentar, Diogo Ferreira, e do advogado Edson Siqueira, responsável pela defesa do diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró. O senador já estava sendo investigado pela Operação Lava Jato e tinha conhecimento que a sua situação era complicada. Ele teria destruído provas contra si próprio, o que é crime. Daí a prisão efetuada.
Brasília está em polvorosa. O senador de há muito interferia em processos e era um dos nomes mais importante do PT, cuja situação a cada dia se torna mais difícil, principalmente pela interferência de Lula, embora o juiz Sérgio Moro tenha revelado que ele não está sendo investigado por não haver nada contra. A informação do juiz deu-se após a prisão de José Carlos Bumlai, amigo pessoal do ex-presidente, preso na terça-feira na Operação “Passe Livre”. Em Brasília, como sempre ocorre, surgiram boatos de que o próximo alvo poderia vir a ser Lula. A decisão do STF para a prisão do senador. No entanto, não se refere à Operação Lava Jato. A de Bumlai, sim. A primeira vez que Delcídio do Amaral foi citado aconteceu na delação premiada do lobista Fernando Baiano, que era operador de propinas na corrupção que assolou a Petrobras. Alguns dos ministros do Supremo sabiam das prisões que ocorreram ontem, porque o ministro relator dos casos de corrupção na Petrobras, Teori Zavascki, deu conhecimento a seus pares. Segundo delação do lobista Fernando baiano, o senador teria recebido US$ 1,5 milhão em espécie proveniente da compra da refinaria Pasadena, fato que ainda dará muitos panos para manga, pelo menos se presume. A Operação Lava Jato está agora debruçada sobre a compra da refinaria nos Estados Unidos que levou a Petrobras sofrer um grande prejuízo.
De acordo com a Constituição, em caso de prisão por crime inafiançável, um parlamentar pode ser preso, mas competirá ao Congresso, no caso de Delcídio, o Senado, a decisão por maioria de votos. É o que se espera que irá acontecer.
Pela primeira vez na história foi preso um senador da República no hotel onde se hospeda, no amanhecer de ontem. Se o país desanda por um lado, por outro segue o caminho certo amparado pela justiça. O caso de Delcídio é consequência de ter sido flagrado numa tentativa de impedir as investigações da Lava Jato que estavam sendo feitas contra ele. Tentava destruir provas o que poderia levar à queda do seu mandato.
Não foi somente ele. A Polícia Federal bateu à porta, também, do banqueiro André Esteves, do Banco Pontual, do chefe de gabinete do parlamentar, Diogo Ferreira, e do advogado Edson Siqueira, responsável pela defesa do diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró. O senador já estava sendo investigado pela Operação Lava Jato e tinha conhecimento que a sua situação era complicada. Ele teria destruído provas contra si próprio, o que é crime. Daí a prisão efetuada.
Brasília está em polvorosa. O senador de há muito interferia em processos e era um dos nomes mais importante do PT, cuja situação a cada dia se torna mais difícil, principalmente pela interferência de Lula, embora o juiz Sérgio Moro tenha revelado que ele não está sendo investigado por não haver nada contra. A informação do juiz deu-se após a prisão de José Carlos Bumlai, amigo pessoal do ex-presidente, preso na terça-feira na Operação “Passe Livre”. Em Brasília, como sempre ocorre, surgiram boatos de que o próximo alvo poderia vir a ser Lula. A decisão do STF para a prisão do senador. No entanto, não se refere à Operação Lava Jato. A de Bumlai, sim. A primeira vez que Delcídio do Amaral foi citado aconteceu na delação premiada do lobista Fernando Baiano, que era operador de propinas na corrupção que assolou a Petrobras. Alguns dos ministros do Supremo sabiam das prisões que ocorreram ontem, porque o ministro relator dos casos de corrupção na Petrobras, Teori Zavascki, deu conhecimento a seus pares. Segundo delação do lobista Fernando baiano, o senador teria recebido US$ 1,5 milhão em espécie proveniente da compra da refinaria Pasadena, fato que ainda dará muitos panos para manga, pelo menos se presume. A Operação Lava Jato está agora debruçada sobre a compra da refinaria nos Estados Unidos que levou a Petrobras sofrer um grande prejuízo.
De acordo com a Constituição, em caso de prisão por crime inafiançável, um parlamentar pode ser preso, mas competirá ao Congresso, no caso de Delcídio, o Senado, a decisão por maioria de votos. É o que se espera que irá acontecer.
* Coluna publicada originalmente na edição desta quinta-feira (26) do jornal A Tarde