A luz apagou para Eduardo Cunha.
Até
dois meses atrás, enquanto suspeitas o cercavam de ligação com lobistas
da operação Lava Jato, o presidente da Câmara circulava com
desenvoltura pelo País em agendas de almoços empresariais, palestras,
visitas a entidades.
A
agenda de Eduardo Cunha de viagens e de participação em solenidades não
é mais a mesma. Ele recuou na Câmara Itinerante (a última visita a
Assembleias foi em Goiás, em agosto). Há (poucos) convites em aberto.
Cunha
está tão confiante de que ficará no cargo que ampliará o gabinete da
presidência da Câmara. Cansado do atual, muito apertado (é do tamanho de
um banheiro, conta um parlamentar), Cunha pretende tocar obra no comitê
de imprensa da Câmara. Quer derrubar a parede e unir a atual sala com a
de reunião – um layout único e amplo.
Hoje,
estão cadastrados 395 jornalistas na Casa, para 55 mesas disponíveis –
que serão reduzidas para 42. No esboço, há rampas de acesso para
parlamentares cadeirantes, caso da deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP),
para ter acesso ao plenário.