O ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou que haverá uma “guerra
política” na Câmara dos Deputados, após a denúncia contra o presidente
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF)
pela Procuradoria Geral da República (PGR), por lavagem de dinheiro e
corrupção ativa, com base nas investigações da Operação Lava Jato. “O
fato de estar denunciado não tem uma obrigação de afastamento. Porém,
seguramente, vai haver uma guerra política lá dentro. Só o plenário da
Câmara pode decidir isso [afastamento ou não de Cunha]”, disse o
ministro, em visita feita nesta quinta-feira (20) ao 26º Batalhão de
Infantaria Paraquedista, em Deodoro, no Rio de Janeiro. Para o ministro,
a denúncia não traz nenhum problema para o governo, mas para o próprio
presidente da Câmara. “A denúncia foi feita pelo Ministério Público
Federal e será julgada pelo Supremo. Portanto, o Executivo não tem nada
com isso e não imagino que o presidente da Câmara queira se voltar
contra o Executivo”, avaliou. Segundo a Agência Brasil, Wagner acredita
que o argumento de que o governo interferiu no caso não é razoável. Além
do deputado Eduardo Cunha, o senador e ex-presidente da República
Fernando Collor (PTB-AL) também foi denunciado por corrupção nesta quinta-feira pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF).