A Justiça Federal do Paraná condenou, nesta segunda-feira (17), o
ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró e os lobistas
Fernando Baiano e Julio Camargo. A decisão foi comunicada pelo juiz
Sergio Moro ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori
Zavascki, relator da Operação Lava Jato, após Cerveró e Baiano tentarem
transferir o caso para a Corte – o processo é o mesmo em que Camargo
acusou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que por ter
foro privilegiado só pode ser julgado pelo Supremo. Segundo o Estado de
S. Paulo, na sentença, Moro condenou o ex-diretor da estatal a 12 anos,
três meses e dez dias de reclusão por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro. A pena será acrescida à de maio, quando Cerveró foi condenado,
também pelo juiz federal, a 5 anos por lavagem de dinheiro na compra de
um apartamento de luxo no Rio de Janeiro. Baiano, apontado como braço
do PMDB no esquema de propina na Petrobras, pegou 16 anos, um mês e dez
dias de reclusão. Julio Camargo foi condenado a 14 anos de reclusão mas,
por ter feito acordo de delação premiada, teve a pena reduzida para
cinco anos em regime aberto. Neste processo, o delator Alberto Youssef
foi absolvido “por falta de prova suficiente de que as operações de
lavagem a ele imputadas na denúncia dizem respeito à propina dos
contratos de fornecimento dos navios-sondas, enquanto as por ele
confessadas não estão descritas na denúncia”.