Do G1
A prévia da inflação oficial perdeu força e ficou em 0,59% em julho
após avançar 0,99% no mês anterior, segundo dados divulgados, hoje, pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo tendo
desacelerado, a taxa é a maior para o mês de julho desde 2008.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 6,9% e em 12 meses, de 9,25% – o
maior resultado para o período desde dezembro de 2003, quando atingiu
9,86%.
O mercado financeiro estima que a inflação feche 2015 em 9,15%,
conforme aponta o boletim Focus, do Banco Central. Se confirmada a
estimativa para o IPCA, a inflação de 2015 atingirá o maior patamar
desde 2003, quando ficou em 9,3%.
Grupos
De junho para julho, o preço dos alimentos subiu menos (de 1,21% para
0,64%). Ficaram mais baratos, por exemplo, tomate (-20,37%); cenoura
(-12,75%); feijão fradinho (-6,27%) e hortaliças (-6,08%). O preço das
roupas também caiu (de 0,68% para -0,06%).
Os artigos de residência subiram 0,47%, menos do que em junho
(0,69%), e foram pressionados pelas roupas de cama, mesa e banho
(1,26%), pelos utensílios e enfeites (1,13%) e pelos serviços de
conserto de móveis e aparelhos domésticos (1,10%).
No caso dos gastos com transportes, cuja taxa passou de 0,85% para
0,14%, o que derrubou o índice foram as passagens aéreas. Depois de
subirem 29,54% em junho, avançaram 0,91% no mês seguinte. Os
combustíveis também ficaram mais baratos. A gasolina caiu 0,47% e o
etanol, 2,03%.
Nas despesas pessoais, os jogos de azar avançaram menos do que no mês
anterior e aliviaram a pressão sobre esse grupo, cuja variação caiu
1,79% para 0,83%.
Entre os grupos analisados pelo IBGE, a maior variação de junho para
julho partiu de habitação, 1,15%, influenciada pela energia elétrica que
teve alta de 1,91%.
Por regiões
De todas as regiões analisadas, Recife apresentou o maior resultado
na prévia da inflação (0,87%), influenciado pela alta dos alimentos e da
gasolina. Na outra ponta, está Belém, que apresentou a menor taxa
(0,26%), influenciada pelo preço dos alimentos.