Quando
o ex-presidente Lula, reconhecido por sua apurada sensibilidade
política, avocou para si a vaga de ser o próximo preso pela Lava-Jato,
hipótese nunca antes aventada nem pelos seus adversários ferrenhos, o
que parecia irreal entrou para a lista das probabilidades.
Tudo mais o que se sucedeu a essa previsão de Lula é consequência dela.
Menos
para os que acompanham a crise com a sensatez que ela exige. Lula
continua sendo o principal líder político do país. O que de pior
acontecer com ele, acontecerá também com qualquer outra personalidade
política do país, a começar pelos chefes dos Poderes investigados, além
de abrir estrada para a volta do que hoje parece natimorto movimento
pelo impeachment da Dilma.
O
curioso da tempestade provocada por Lula é que ele e Dilma nunca foram
alvos sequer de suspeitas do Ministério Público, como ressalta o juiz
Sérgio Moro.
Por que, então, gritar que o império está nu?