O
filho do ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), preso no Mensalão e na
Operação Lava-Jato, disse à Justiça que recebeu R$ 35 mil do doleiro
Alberto Youssef. Em documento de defesa à acusação de lavagem de
dinheiro, feita pelo Ministério Público Federal, anexado aos autos na
segunda-feira, Fábio Corrêa confirmou que foi ao escritório de Youssef,
personagem central da Lava-Jato. Segundo ele, os R$ 35 mil se referiam a
uma “dívida” entre seu pai e o ex-deputado José Janene (morto em 2010),
“pela venda de animais”, e assumida pelo doleiro.
Na
denúncia à Justiça, os procuradores da República afirmaram que Fábio
Corrêa “alegou que não se recordava de ter comparecido ao escritório de
Alberto Youssef em São Paulo, apesar de conhecer o doleiro”. A
Procuradoria aponta que, entre 14 de maio de 2004 e 17 de março de 2014,
Pedro Corrêa recebeu propina por meio de emissários, no escritório do
doleiro, “entre eles, Fábio Corrêa, Márcia Danzi (sua mulher) em valores
que giravam em torno de R$ 50 mil e R$ 200 mil por recebimento”.