Com um crescimento de 7% ao ano no número de prisões, a população
carcerária no país já atinge 607.731 pessoas – é a quarta maior do
mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Rússia.
Os dados fazem parte de novo relatório do Infopen (Sistema Integrado
de Informações Penitenciárias). É a primeira vez que o estudo realiza a
comparação dos dados com outros países, segundo o Ministério da Justiça.
O documento, que reúne dados de junho de 2014, mostra um crescimento
de 161% no total de presos desde 2000, quando o país contabilizava 233
mil pessoas no sistema prisional.
Um aumento que ocorre na contramão dos três demais países: nestes
locais, a redução é de até 24% entre 2008 e 2014, segundo o relatório,
que utiliza dados do IPCS (Internacional Center for Prison Studies).
Se mantiver esse ritmo, o país terá cerca de 1 milhão de presos em
2022. Da mesma forma, uma em cada dez pessoas estará presa em 2075,
projeta o estudo.
Com o crescimento na população prisional, o Brasil já soma cerca de
300 presos por 100 mil habitantes. Em dez Estados, no entanto, essa
proporção é ainda maior: no Mato Grosso do Sul, por exemplo, há 569
presos a cada 100 mil habitantes. Em São Paulo, o índice é de 497.