O ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, alvo da Operação Lava
Jato, está "sereno, embora sofrendo com a injustiça da prisão". De
acordo com um advogado que esteve com ele na manhã desta quinta-feira
(16), na Custódia da Polícia Federal em Curitiba (PR), Vaccari "está
muito confiante na Justiça para restabelecer a sua liberdade e responder
o processo em liberdade". "Vaccari foi tratado com muito respeito pela
Polícia Federal e pelos policiais que conduziram a diligência, aliás,
padrão de comportamento que deve ser destinado a todas as pessoas",
declarou o criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, que coordena a defesa
de Vaccari. Conforme publicado no Diário do Poder, o advogado faz parte
da equipe D'Urso que ficou em São Paulo para elaborar habeas corpus a
ser apresentado ao Tribunal Regional Federal da 4ªRegião (TRF4). No
habeas corpus, D'Urso pretende fustigar ponto a ponto os motivos que
levaram a Justiça a ordenar a prisão de Vaccari. "O que tem de base para
decretação da prisão preventiva? Primeiro são palavras de delatores, o
que não constitui prova. Nenhum indício de prova existe para corroborar o
que esses delatores falaram sobre Vaccari", afirmou o advogado. Sobre
os valores que transitaram nas contas da esposa e da filha do
ex-tesoureiro, o criminalista explicou que "são oriundos que ele recebeu
ao longo dos anos pela sua atividade profissional". Vaccari foi preso
por ordem do juiz Sergio Moro, que conduz as ações criminais da Lava
Jato, sob as acusações de corrupção e lavagem de dinheiro, na manhã da
última quarta-feira (15).