A força-tarefa de procuradores da República e delegados da Polícia
Federal na Operação Lava Jato afirma que o ex-deputado Luiz Argolo
(SD-BA) colocou seu cargo de deputado à disposição do doleiro Alberto
Youssef no esquema de corrupção da Petrobras. De acordo com a
Procuradoria da República, o ex-parlamentar recebeu bens, propina e teve
contas pagas pelo doleiro, personagem central da Operação Lava Jato. Em
documento anexado aos autos da Lava Jato, o Ministério Público Federal
diz que Argôlo ‘efetivamente colocou seu cargo à disposição de Alberto
Youssef, podendo-se falar em uma verdadeira parceria entre ambos’.
Segundo o MPF, na relação havia ‘a constante solicitação de vantagens
indevidas por Luiz Argôlo, as quais eram adimplidas por Youssef em troca
de uma promessa de influência do ex-parlamentar em favor do doleiro’.
Um dos casos investigados fruto da relação do ex-deputado com Youssef é
um suposto desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro por meio da
empresa Malga Engenharia. Nesta quinta-feira (16), acompanhado por dois
advogados, Argolo iniciou seu depoimento à Polícia Federal. Ele é o
primeiro dos três ex-parlamentares presos na 11ª fase da Lava-jato a ser
ouvido.