O
ano letivo já começou nas redes municipal e estadual de ensino na Bahia
e os municípios do interior do estado ainda não conseguem pagar o piso
salarial aos professores, devido à falta de recursos. Diversas cidades
nordestinas têm gasto, em média, 71,27% da receita com o piso dos
professores, o que leva a uma escassez de verbas para outros gastos da
prefeitura. De acordo com o diretor da União dos Municípios da Bahia
(UPB), Zenildo Brandão (PP), prefeito de Lafaiete Coutinho, na região do
Vale do Jiquiriçá, alguns municípios baianos destinam 80% da receita
para o pagamento dos salários dos professores. Segundo ele, a
complicação se dá porque o piso salarial cresce “bem acima da inflação
registrada no período". Informações da assessoria da UPB afirmam que “de
2009 a 2014, o piso dos professores cresceu 101,9% - total bem acima da
inflação registrada e, enquanto isso, receitas do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais
da Educação (Fundeb) cresceram apenas 85%”. A assessoria também informou
que os gastos com a folha do magistério expandiram R$ 28 bilhões: “Com o
reajuste deste ano, será somado mais R$ 6,8 bilhões a este total”. Leia mais na coluna Municípios.