O
governo Dilma começou a avaliar nomes para uma eventual saída de Graça
Foster do comando da Petrobras. Segundo a Folha apurou, a presidente
gostaria de mantê-la no cargo, mas não descarta que a manutenção de sua
amiga se torne inviável. Integrantes
do Executivo já iniciaram sondagens informais em busca de substitutos
não só para Graça Foster como para as demais diretorias da estatal. Um
dos nomes citados é o do atual presidente da Vale, Murilo Ferreira.
Se decidir pela
troca, sua intenção é fazer a mudança como mais uma etapa da reforma
ministerial, fazendo o anúncio também das novas diretorias de bancos
públicos e da Itaipu Binacional.
Assessores
presidenciais disseram que Dilma teme que novas revelações da
funcionária Venina Velosa da Fonseca, que alertou Graça Foster por
e-mail sobre irregularidades na estatal, eliminem as condições para que
ela siga à frente da empresa.
A ex-gerente de
Abastecimento da Petrobras deve depor nos próximos dias, em Curitiba.
Ela trabalhou com o ex-diretor Paulo Roberto Costa, um dos principais
envolvidos no esquema.
O governo trabalha
com a possibilidade de Venina Fonseca cumprir suas ameaças e revelar
novos detalhes dos alertas que teria feito não só a Graça Foster mas a
outros diretores da estatal.
Segundo
auxiliares, Dilma não acredita no envolvimento de Graça em
irregularidades na estatal. Avalia que ela é vítima da limpeza que
realizou na empresa, pois foi a responsável por trocar toda a diretoria
quando assumiu o comando da Petrobras.
O problema,
reconhecem assessores de Dilma, é que pode colar na imagem da presidente
da estatal a avaliação de que ela não deu a devida importância aos
alertas que teria recebido da ex-gerente da Petrobras. Fornecedores têm reclamado que o ritmo da estatal diminuiu e que há atraso nos pagamentos.