Beneficiado
por um habeas corpus expedido pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo
Tribunal Federal, o ex-diretor da Petrobras Renato Duque deixou hoje a
carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, onde estava preso desde o
dia 14 de novembro, em meio à sétima fase da Operação Lava Jato.
Duque é
acusado de participar do esquema criminoso de superfaturamento de
contratos da Petrobras, formação de quartel por empreiteiras e pagamento
de propina a partidos e agentes políticos. Ele foi citado pelo doleiro
Alberto Youssef e pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo
Roberto Costa, réus no processo, como um dos beneficiários do esquema
que, de acordo com a PF, pode ter movimentado mais de R$ 10 bilhões.
Antes de
o habeas corpus do STF, a defesa de Renato Duque havia tentado, sem
sucesso, libertar o ex-diretor. No dia 20 de novembro, o Tribunal
Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, negou o pedido de habeas
corpus para que Duque deixasse a cadeia.
Em
liberdade, Duque deve entregar o passaporte à Justiça e não poder deixar
o país. Ele também está proibido de mudar de endereço e é obrigado a
comparecer a todosdos atos processuais quando for intimado.