As construtoras citadas por Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef em
suas delações premiadas tiveram grande participação nas eleições
estaduais. Dos governadores eleitos nos 26 estados mais o Distrito
Federal, 14 receberam 41,1 milhões de reais doações das encrencadas
empreiteiras, de acordo com a prestação de contas à Justiça Eleitoral.
A mais generosa das construtoras foi a OAS, que contribuiu com 15 286
683 reais na eleição de onze governadores. A seguir vêm a Queiroz
Galvão, com 9 563 119 reais distribuídos entre seis eleitos, e a baiana
UTC, que doou 7 375 000 reais a cinco candidatos eleitos.
O maior beneficiado com a bondade das empreiteiras implicadas na Lava-Jato foi Rui Costa,
eleito na Bahia. O petista recebeu 9 402 768 reais, distribuídos por
UTC, Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão e Engevix. Geraldo Alckmin foi o
segundo mais beneficiado: levou 8 501 844 reais, doados por UTC, OAS e
Andrade Gutierrez.
Eleito governador de Alagoas, Renan Calheiros Filho foi agraciado com
6 801 500 reais de OAS, Queiroz Galvão, UTC, Camargo Corrêa, Andrade
Gutierrez e Odebrecht. Pouco antes de ser preso, em março, o doleiro
Alberto Youssef se encontrou com o filho de Renan Calheiros (leia mais aqui).
Como as prestações de contas dos candidatos que disputaram o segundo
turno só serão entregues ao TSE no dia 25 de novembro, as cifras das
doações das empreiteiras ainda podem (e devem) aumentar.
Por Lauro Jardim