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Nas palavras de um dos
operadores da campanha de Dilma Rousseff, “a reeleição da presidente
passou a depender muito mais de João Santana do que do próprio Lula”.
Aposta-se no talento do marqueteiro do PT para atenuar as taxas de
rejeição à candidata oficial. Essa será a prioridade da primeira fase da
propaganda que começa a ser exibida no rádio e na televisão em 19 de
agosto.
Segundo os institutos de
pesquisa, Dilma é a presidenciável que coleciona os maiores índices de
rejeição — pelo Datafolha, 35% dos eleitores afirmam que não votariam
nela de jeito nenhum. O índice sobe para 47% em São Paulo, maior colégio
eleitoral do país. Como vacina, João Santana levará ao ar peças cujo
conteúdo contrasta com o pessimismo que permeia o noticiário e o
discurso da oposição. Trombeteará, por exemplo, o “sucesso” da Copa fora
dos gramados.
Mais Médicos, hidrelétricas e ferrovias
A Dilma da propaganda será
apresentada como como gestora que, confrontada pela crise financeira
internacional, foi capaz de evitar o desemprego e aprofundar os
programas sociais. Contra a pregação de que a atual gestão não construiu
uma marca, o marketing baterá bumbo ao redor de programas como o Mais
Médicos.
Numa tentativa de
desenvolver anticorpos contra o veneno das obras paralisadas, destilado
por Aécio Neves e Eduardo Campos, Dilma exibiu-se nos últimos dias às
câmeras de João Santana na casa de máquinas da hidrelétrica de Belo
Monte, em Roraima, e ao lado de um pedaço pronto da Ferrovia Norte-Sul,
em Minas.
Tenta-se reduzir a
resistência a Dilma e seu governo para estancar a migração do eleitorado
ainda sem candidato para as candidaturas de Aécio e Campos.