![]() |
A falta de
prioridade para os investimentos em educação, inovação, ciência e
tecnologia por parte dos governos vai fazer do Brasil um país refém do
Bolsa Família, na opinião do senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
O senador reconhece que o benefício é importante para as famílias
pobres, desde que o governo, além de condicionar o pagamento da bolsa à
frequência das crianças e adolescentes à escola, invista em educação
para que as próximas gerações não precisem receber essa ajuda.
O senador lamentou que muitas autoridades se orgulhem de dizer que o
Brasil tem a sexta maior economia do planeta, lembrando que países com o
produto interno bruto menor são mais desenvolvidos e oferecem melhor
qualidade de vida às suas populações.
Cristovam mencionou o caso da Finlândia, que até pouco tempo atrás "era
um simples exportador de madeira, bem primário", como o Brasil, que só
exportava soja, ressaltando o fato de que hoje a percentagem de bens de
alta tecnologia e de outros é altíssima no seu PIB (produto interno
bruto). No Brasil, no entanto, a percentagem de bens de alta tecnologia
no (PIB) "é quase nada". A economia do país, disse o senador, é baseada
em bens primários, como produtos agrícolas, minérios e bens industriais,
"mas sem alta tecnologia”.
O senador aproveitou para criticar o projeto que aprova o Plano Nacional
de Educação, que, segundo ele, abrange várias metas muito abstratas e
tímidas, incapazes de apagar o atraso e a desigualdade no país.
Agência Senado