Dilma perde 2 milhões de votos no entorno de capitais
Em quatro anos, foram nessas áreas onde a rejeição à presidente mais cresceu
O
novo obstáculo para a reeleição de Dilma Rousseff não mora no Leblon,
nem nos Jardins. Tampouco no sertão nordestino ou no Vale do
Jequitinhonha. Não atende pelo nome de elite branca, nem tem cartão
Bolsa Família. Está em boa parte nas regiões metropolitanas e ficou
conhecido como classe C. O mesmo estrato social que ascendeu durante os
anos Lula e deu suporte à candidatura Dilma tem desembarcado do governo
em quantidade suficiente para levar a disputa ao segundo turno. É o que
mostra a comparação entre a rejeição de Dilma em 2010 e em 2014, medida
pelo Ibope.
Depois das
manifestações de junho de 2013, a rejeição a Dilma aumentou não apenas
nas regiões metropolitanas, mas também nas capitais e no interior. O
sucesso da Copa no Brasil e o início da campanha podem alterar esse
cenário e confirmar uma tendência de aumento de Dilma apontada pelo
último Datafolha. No entanto, considerado o quadro atual descrito pelo
Ibope, o maior desgaste da presidente ocorreu no entorno das capitais
das nove principais regiões metropolitanas.(De O Globo)