Tudo indica que o deputado baiano Luiz 
Argôlo não terá no Conselho de Ética da Câmara a mesma sorte que teve na
 comissão interna do seu partido, o Solidariedade (SDD). No processo 
interno da legenda, ele escapou de punição por causa de seu envolvimento
 com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação 
Lava Jato, em março último, sob acusação de comandar esquema de 
corrupção que lavou mais de R$ 10 bilhões no Brasil.
Relator do processo contra o baiano, o deputado Marcos Rogério Embora
 ressalta que tem até o dia 24 de setembro, fim do prazo regimental, mas
 afirma que já tem elementos suficientes para fundamentar parecer antes 
do tempo determinado.
“O conjunto de provas já contém indícios que apontam para a hipótese 
de quebra de decoro, mas ainda não é possível fazer juízo de valor ou 
indicar a direção do relatório”, diz o parlamentar em nota da coluna 
Satélite, do jornal Correio*.
Ele quer acelerar a conclusão do caso, que pode resultar na cassação 
de Argôlo. “Posso garantir que, de minha parte, não haverá adiamento. 
Pelo contrário”.
Mesmo com “manobras” por parte da defesa de Luiz Argôlo e diante de
 mais duas semanas de recesso branco no Congresso, o pedetista garantiu 
que a tendência é antecipar o encerramento dos trabalhos, incluindo a 
votação em plenário.
Argôlo é acusado de ter recebido dinheiro e até gado como forma de pagamento de Alberto Youssef.
 
