Segundo o Jornal Ação Popular
agricultores que ocupam a área da Fazenda Mariad em Juazeiro foram
surpreendidos quinta-feira (26) com a notícia de que a área teria sido
arrematada por R$ 2 milhões sem o conhecimento da divulgação de edital
ou comunicado oficial aos ocupantes da área. Segundo informações
levantadas pela reportagem do AP, as duas áreas da fazenda foram
arrematadas por R$ 2,5 milhões.
“Hoje dois terrenos no bairro Country
Clube custa este valor, como é que uma área altamente privilegiada é
arrematada por estes valore e que ainda o proprietário já tem em caixa
mais R$ 2 milhões para indenizar nós agricultores que estamos no local
há mais de cinco anos legalmente. Algo de estranho está acontecendo”,
questiona um dos ocupantes.
Outro fato que surpreendeu os agricultores
foi a chegada de segurança ao local. “Fato estranho, como se nós
estivéssemos aqui irregularmente. Como é que a pessoa está trabalhando
na terra e chega seguranças para intimidar?”, questiona outro
agricultor. “Deve ter algum político peixe grande por traz desse
esquema, deve ser aquele mesmo político guloso de sempre que vem sendo
sócio de todos os loteamentos em Juazeiro. Está mais do que na hora da
Câmara de Juazeiro criar uma CPI ou o Ministério Público Federal tomar
as rédeas porque o fato é grave”, questiona outro. A área fica no
Tourão, ela está dividida em dois blocos que cortam a BA 210.
As pessoas não quiseram divulgar os nomes temendo represálias.
O fato
Do Vale do São Francisco direto para a
Europa. Essa era a rota utilizada pela quadrilha do empresário
colombiano Gustavo Duran Bautista detido em agosto de 2007 com 485
quilos de cocaína no Uruguai para traficar drogas. Uma operação
deflagrada pela Polícia Federal resultou na prisão de nove pessoas
acusadas de participação no grupo, entre elas a ex-mulher de Bautista, a
empresária paranaense Adriana Aparecida Rodrigues, 33 anos, detida em
Pernambuco.
De acordo com a PF, a droga saía da
Colômbia e ia para a Bolívia de avião. Posteriormente, ela vinha para o
Brasil ou para outro país da América do Sul e depois seguia para a
Europa. A cocaína era transportada de avião ou de navio, escondida em
caixas de frutas do Vale do São Francisco.
Para isso, utilizavam o porto de Pecém, no
Ceará, e uma pista de pouso localizada na Fazenda Mariad, em Juazeiro
(BA), de propriedade de Bautista, considerado o braço direito do
megatraficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía, preso em um
condomínio de luxo da Grande São Paulo. (Fonte: Blog Geraldo José)