sábado, 10 de maio de 2014

EDUARDO CAMPOS CRESCER NO NORDESTE É O GRANDE DESAFIO


   
  1. Há praticamente um mês entocado em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, o candidato do PSB a presidente, Eduardo Campos, não avança nas pesquisas. Estagnou na casa dos 11%. Analistas políticos e aliados socialistas apontam o grande desconhecimento que o ex-governador tem ainda no eleitorado nacional para justificar sua posição tímida em todos os levantamentos.

  2. Acreditam que o socialista só decola após a propaganda eleitoral no rádio e na televisão, previsto para agosto. Mas alguns dados precisam ser levados em consideração, discutidos e avaliados. Sendo político do Nordeste, Eduardo não galvanizou também a simpatia e a confiança do eleitorado nordestino.

  3. Pelos dados do Datafolha de ontem, o tucano Aécio Neves, que subiu quatro pontos e vem garantindo o segundo lugar, atrás da presidente Dilma, tem o dobro das intenções de voto em relação a Eduardo no Nordeste – 12% contra 6%.

  4. É no eleitorado nordestino onde está concentrada a força de Dilma, com 52% das intenções de voto, um banho, diga-se de passagem, nos seus principais concorrentes. Esta boa performance não é atributo dela nem do seu Governo, tem muito a ver com o efeito dos programas sociais, especialmente o Bolsa-Família.

  5. Na eleição de 2014, foi o Nordeste que salvou Dilma, pois ela perdeu no Sul e Sudeste para Serra e aqui impôs uma frente de mais de 10 milhões de votos sobre o tucano.

  6. A estratégia de Eduardo, de buscar conquistar o eleitorado do Sul e Sudeste está correta, mas se tivesse já partido consolidado do Nordeste, por ser pernambucano e ter governado o seu Estado com altíssimos índices de aprovação, provavelmente não estivesse perdendo para Aécio em sua região.
  7. Historicamente, a tucanada leva desvantagem por aqui. Com exceção de Fernando Henrique, que tinha como moeda o Plano Real, Alckmin fracassou e Serra também, este duas vezes. Se Eduardo não se fortalecer no Nordeste vai continuar fragilizado no resto do País. A subida de Collor, só para registrar, começou pelo Nordeste e não pelo Sul Maravilha.