O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) reclamou, na tarde desta quinta-feira
(8), da demora no processo de instalação da Comissão Parlamentar Mista
de Inquérito (CPMI) da Petrobras. "Um mês e oito dias de encenação, de
protelatório. Agora perderemos mais alguns dias até a indicação dos
nomes", criticou o tucano.
Ontem, o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), pediu que os líderes partidários indicassem os nomes para a CPMI, mas não sinalizou quando a comissão mista começará seus trabalhos efetivamente. O peemedebista ainda avisou que os partidos terão cinco sessões ordinárias da Câmara dos Deputados para apresentarem os nomes da CPMI, caso contrário, ele próprio fará as indicações.
Ontem, o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), pediu que os líderes partidários indicassem os nomes para a CPMI, mas não sinalizou quando a comissão mista começará seus trabalhos efetivamente. O peemedebista ainda avisou que os partidos terão cinco sessões ordinárias da Câmara dos Deputados para apresentarem os nomes da CPMI, caso contrário, ele próprio fará as indicações.
Tecnicamente, os
partidos têm até a próxima quarta-feira (14) para compor a comissão, que
terá 32 parlamentares da Câmara e do Senado.
A base governista trabalha para que a CPI da Petrobras, exclusiva do Senado, prevaleça.
A base governista trabalha para que a CPI da Petrobras, exclusiva do Senado, prevaleça.
Hoje vence o prazo
para que DEM e PSDB indiquem os três senadores para integrar os
trabalhos, mas as siglas anunciaram que priorizarão a comissão mista e
por isso não apresentarão os nomes.
Em reação à CPMI
da Petrobras, a base aliada conseguiu apresentar ontem o pedido de
instalação da CPMI do Cartel de Trens de São Paulo, que já foi lido na
sessão do Congresso Nacional. O requerimento foi entregue com as assinaturas de 197 deputados e 32 senadores.
"A maioria
[governista] não deseja CPI alguma. A proposta de CPI do Metrô é uma
falácia. Se fosse para valer, não seria apenas sobre o Metrô de São
Paulo", afirmou Dias.
O senador disse
que a oposição está consciente de que a base governista trabalha com o
calendário mais curto em razão da Copa do Mundo, do recesso parlamentar e
da campanha eleitoral. "Estão
jogando exatamente com esse calendário, ganhando tempo o máximo
possível para inviabilizar qualquer investigação eficiente", concluiu o
tucano.
Os aliados
argumentam que conduzir qualquer comissão parlamentar em ano eleitoral é
inviável, que a partir de junho será difícil garantir o quórum no
Congresso Nacional e que o objetivo da oposição é criar "palco" para
discurso político. "Em
ano eleitoral, há um debate político e haverá embate político. Não
tenho a menor dúvida de que (a comissão) será politizada", afirmou o
líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).
O partido, maior
em número de senadores, deve indicar cinco nomes para a CPMI da
Petrobras. Há a possibilidade da sigla ficar com a relatoria da comissão
mista.