O
presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN),
afirmou nesta quarta-feira (7) não ver a sessão desta noite do Congresso
Nacional, marcada para definir se a comissão parlamentar que irá
investigar denúncias contra a Petrobras será composta por deputados e
senadores, como uma “guerra” entre governo e posição, como havia dito
que seria o pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, senador Aécio
Neves (PSDB-MG).
“Não, eu acho que não [haverá guerra entre
governo e oposição]. Haverá a solicitação para os líderes indicarem os
membros, mas eu não vejo dessa forma não”, disse Alves.
Diante de
uma série de denúncias recentes contra a estatal brasileira, a oposição
protocolou dois pedidos de CPI no Legislativo: um exclusivo para o
Senado Federal e outro para uma comissão mista. A oposição, no entanto,
insiste na criação de uma comissão mista, que integre senadores e
deputados, mas o PT quer uma CPI exclusiva no Senado, Casa Legislativa
na qual tem maior controle sobre os parlamentares.
Na sessão
conjunta entre Câmara e Senado, marcada para esta noite, o presidente do
Congresso Nacional, Renan Calheiros (PSDB-AL), vai pedir formalmente
aos líderes partidários a indicação dos integrantes da CPMI. A indicação
dos nomes é passo necessário para o andamento do colegiado.
Questionado
sobre se a comissão terá “tom político”, por se tratar de ano
eleitoral, o Alves afirmou esperar que os trabalhos da comissão se deem
de forma “tranquila”. Segundo ele, a Casa tem “responsabilidade” de
conduzir as investigações com “equilíbrio e sensatez”.
“A Câmara
dos Deputados tem responsabilidade de conduzir uma Comissão Parlamentar
de Inquérito com muito equilíbrio e sensatez, até porque será cobrada
pela opinião pública sobre esse comportamento. Então vai se instalar
uma comissão tranquila e importante, e que, ao final, vai honrar os
trabalhos dessa Casa”, completou.