quarta-feira, 7 de maio de 2014

Alves nega clima de guerra causado por CPI da Petrobras



O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou nesta quarta-feira (7) não ver a sessão desta noite do Congresso Nacional, marcada para definir se a comissão parlamentar que irá investigar denúncias contra a Petrobras será composta por deputados e senadores, como uma “guerra” entre governo e posição, como havia dito que seria o pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, senador Aécio Neves (PSDB-MG).

“Não, eu acho que não [haverá guerra entre governo e oposição]. Haverá a solicitação para os líderes indicarem os membros, mas eu não vejo dessa forma não”, disse Alves.

Diante de uma série de denúncias recentes contra a estatal brasileira, a oposição protocolou dois pedidos de CPI no Legislativo: um exclusivo para o Senado Federal e outro para uma comissão mista. A oposição, no entanto, insiste na criação de uma comissão mista, que integre senadores e deputados, mas o PT quer uma CPI exclusiva no Senado, Casa Legislativa na qual tem maior controle sobre os parlamentares.

Na sessão conjunta entre Câmara e Senado, marcada para esta noite, o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PSDB-AL), vai pedir formalmente aos líderes partidários a indicação dos integrantes da CPMI. A indicação dos nomes é passo necessário para o andamento do colegiado.

Questionado sobre se a comissão terá “tom político”, por se tratar de ano eleitoral, o Alves afirmou esperar que os trabalhos da comissão se deem de forma “tranquila”. Segundo ele, a Casa tem “responsabilidade” de conduzir as investigações com “equilíbrio e sensatez”.

“A Câmara dos Deputados tem responsabilidade de conduzir uma Comissão Parlamentar de Inquérito com muito equilíbrio e sensatez, até porque será cobrada pela opinião pública sobre esse comportamento. Então vai se instalar uma comissão tranquila e importante, e que, ao final, vai honrar os trabalhos dessa Casa”, completou.