O
governador Jaques Wagner afirmou nesta segunda-feira (24) que não há
nenhuma chance de José Sergio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras,
deixar o comando da Secretaria Estadual do Planejamento. “Essa
informação não tem veracidade nenhuma. Essa questão nunca foi cogitada.
Só posso atribuir a quem quer ver mais poeira”, disse o chefe do
Executivo baiano, ao comentar os rumores
de que Gabrielli estaria perto de perder o atual cargo. Ex-presidente
da estatal brasileira, Gabrielli é um dos personagens da compra da
refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela qual a empresa
desembolsou, no total, US$ 1,18 bilhão. A belga Astra Oil, de quem a
Petrobras adquiriu Pasadena, comprou a refinaria por US$ 42 milhões. O
caso, que levantou suspeitas de superfaturamento e evasão de divisas, é
investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), Polícia Federal e
Ministério Público. Como conselheiro da companhia brasileira em 2006,
Wagner votou a favor da operação comercial em 2006. Em entrevista ao
programa Acorda pra Vida, da Rede Tudo FM, o governador reiterou
que não tinha a responsabilidade de conhecer integralmente o contrato
assinado. “Em fevereiro de 2006, houve a decisão estratégica para
realizar o processo de compra, que só ocorreu em setembro de 2006.
Durante esse período, foi detalhado o contrato. É muita cláusula que se
coloca. O Conselho de Administração se reúne para tomar decisões
estratégicas”, disse Wagner. O governador comentou ainda os rumores de
que o PDT – que perdeu a disputa para indicar o candidato a vice da
chapa situacionista – possa ganhar a vaga do suplente de senador. “Essa
discussão nem sequer começou. Não sei se existe essa demanda do PDT, mas
é evidente que eles têm prerrogativa”, disse, antes da comemoração das
300 edições do programa Conversa com o Governador.