Em
conversas reservadas, segundo a Folha de S.Paulo desta sexta-feira, o
ex-presidente Lula criticou a estratégia de Dilma Rousseff de jogar
dúvidas sobre o embasamento técnico e jurídico apresentado para a compra
pela Petrobras da refinaria em Pasadena (EUA), durante seu governo, em
2006. Na
avaliação de Lula, Dilma agiu por impulso, na tentativa de tirar o foco
das investigações do negócio sobre ela, temendo desgaste político em ano
eleitoral.
O efeito,
contudo, foi o inverso. Acabou virando, em sua opinião, um 'tiro no pé',
porque trouxe para o Planalto uma crise que, até então, estava dentro
da Petrobras.
Após a
repercussão negativa entre aliados, na estatal e no próprio governo,
Dilma fez um ajuste em sua posição dizendo que à época o negócio parecia
ser vantajoso -- argumento central defendido pela Petrobras.