O atual chefe da Casa Civil baiana e pré-candidato a governador
pelo PT, Rui Costa, terá que torcer por um eventual aumento da
popularidade do atual líder do Executivo estadual, o correligionário
Jaques Wagner, para ter sucesso nas urnas em outubro. A análise é do
cientista e marqueteiro político pernambucano Antonio Lavareda,
especialista em comportamento eleitoral, que já coordenou campanhas de
candidatos do PSDB, DEM e PMDB. Em entrevista ao Bahia Notícias neste
domingo (2), no camarote Expresso 2222, onde curte o Carnaval de
Salvador com a família, ele afirmou que somente o crescimento dos
índices de avaliação positiva do atual quadro governamental pode barrar
as graduais conquistas da oposição, beneficiada pelo grande nível de
aprovação do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). “O fato de a oposição
ter, na capital, um gestor muito bem avaliado é muito positivo para
seus candidatos. A menor avaliação do governador Jaques Wagner – e esse
precisa ser o principal ponto de preocupação do PT - deverá melhorar
para que seu candidato possa vir a ter um desempenho compatível com as
expectativas do partido, que quer se manter no poder por mais quatro
anos”, considerou. Ainda segundo o pesquisador, nesse momento do jogo
político estadual, os dados sobre a popularidade dos administradores
públicos são muito mais importantes do que pesquisas de intenção de
voto. “Os candidatos de oposição terão que conduzir suas respectivas
campanhas nos espaços da insatisfação da sociedade”, sugeriu.