Foi
sepultado nesta sexta-feira (14), no Cemitério da Consolação, em São
Paulo, o ator Paulo Goulart, vítima de câncer de pulmão. Família e
amigos acompanharam o sepultamento que começou às 14h. A esposa de
Goulart, Nicette Bruno, foi a mais emotiva e chorou durante todo o
enterro.
Com o
corpo ainda em velório na manhã desta sexta-feira no Teatro Municipal,
foi permitida a visitação pública para o adeus ao ator. Formou-se uma
fila de dobrar o quarteirão, até o momento que o caixão foi levado para o
cemitério.
Nascido
em Ribeirão Preto, Paulo Goulart começou a carreira no rádio, quando seu
pai fundou uma emissora na cidade de Olímpia, no interior de São Paulo.
Lá, ele trabalhou como operador de som e locutor. Estudou química, pois
queria ter um "ofício" - rádio, afinal, "ainda que fosse uma enorme
coqueluche, não era considerada uma profissão".
Foi o rádio, no entanto, que lhe abriu as portas para o trabalho como ator. Nos anos 50, ao se mudar para São Paulo, fez um teste para ser locutor da Rádio Tupi. Não passou, mas acabou sendo contratado por Oduvaldo Vianna como radioator, iniciando a carreira artística.
Foi o rádio, no entanto, que lhe abriu as portas para o trabalho como ator. Nos anos 50, ao se mudar para São Paulo, fez um teste para ser locutor da Rádio Tupi. Não passou, mas acabou sendo contratado por Oduvaldo Vianna como radioator, iniciando a carreira artística.
Toda a
carreira de Goulart, desde o início, na TV Tupi, foi marcada pela
atuação na televisão. Mas ele também se dedicou igualmente ao teatro,
participando de montagens históricas, como a encenação, em 1956, no Rio
de Janeiro, de Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, onde contracenaria
com Nicette Bruno, sua futura mulher. No cinema, foi dirigido por nomes
como Nelson Pereira dos Santos (Rio Zona Norte) e Guel Arraes (Auto da
Compadecida).