O
presidenciável Eduardo Campos (PSB) está com a língua cada vez mais
solta. Ainda na lanterninha das pesquisas, já se deu conta de que, numa
travessia presidencial, é melhor entrar logo na briga do que morrer como
um transeunte inadvertido. Neste sábado (22), Campos fez com Dilma
Rousseff algo que o petismo se habituou a fazer com o tucanato: instilou
um boato.
“Em três
anos, a Petrobras vale a metade do que valia e deve quatro vezes mais do
que devia”, disse. Às vezes fico seriamente desconfiado se isso não faz
parte de um jogo para desvalorizar a Petrobras e vender a Petrobras.
Nós precisamos fazer o jogo correto, republicano, brasileiro, que é
proteger a maior empresa pública do Brasil.”
Nas duas
últimas sucessões, o PT propagou o lero-lero segundo o qual os rivais
Geraldo Alckmin e José Serra, se enviados ao Planalto, privatizariam
bancos e empresas estatais, entre elas a petroleira. E os tucanos não
tiveram competência para desarmar a armadilha. Agora, Eduardo Campos
informa aos ex-aliados: quem com Petrobras fere, com Petrobras pode ser
ferido.