Hoje, o
secretário estadual de Saúde, Jorge Solla (PT), deixa a pasta do governo
para intensificar as ações para as eleições deste ano. Solla anunciou
estratégias para viabilizar sua candidatura a deputado federal, e
declarou apoio à Rui Costa na sucessão do governador Jaques Wagner,
apontado por ele como “o candidato mais preparado para assumir o Palácio
de Ondina”, segundo entrevista ao Jornal Tribuna da Bahia.
Com tempo dedicado, exclusivamente, à
campanha de deputado federal, Jorge Solla garante que não medirá
esforços para também viabilizar a campanha de Rui Costa, candidato
lançado por Wagner ao governo do estado. As estratégias de campanha
serão focadas na comparação entre as ações do governo Wagner e as
gestões passadas. “Vamos construir a candidatura dentro do Partido dos
Trabalhadores. Acredito que a candidatura de Rui Costa tem um legado
positivo na área de saúde para apresentar e a campanha eleitoral é um
momento bom porque permite dar mais visibilidade a todos os
investimentos e comparar os oito anos do governo atual com os governos
anteriores. Wagner fez três vezes mais do que a soma de todos os
governos anteriores”, garante o secretário, criticando o dois
pré-candidatos ao governo da base oposicionista.
“Enquanto o possível candidato a
governador, que já foi governador duas vezes, fechou um centro de
atendimento para pacientes com insuficiência renal, o governador Wagner
recriou e este ano estará botando medicamentos para todos os pacientes
de todo o Brasil. Na gestão de Imbassahy como prefeito, tinha raiva
humana em Salvador. Temos muito para comemorar e muito para comparar.
Contra números e fatos não há argumentos”, afirma.
Em breve avaliação sobre passagem pelo
cargo, o secretário Jorge Solla disse que a interiorização do processo
da saúde foi uma das maiores marcas da gestão, uma vez que foram abertos
hospitais de grande porte nas cidades de Irecê, Barreiras, Vitória da
Conquista, Teixeira de Freitas, Juazeiro e Feira de Santana.
Apesar de garantir uma rede de saúde que
cobre a maior parte das regiões do estado, saindo na área de terapia
intensiva de 311 leitos para 932, Solla ainda admite que a demanda seja
insuficiente. “Demanda em saúde nunca será plenamente atendida. Aqui a
gente busca ampliar para dar conta da urgência e emergência de forma
imediata e reduzir o tempo de espera. Não adianta abrir serviços se não
tiver possibilidade de povoá-los com profissionais da saúde”, disse.
Apesar de ser considerado um gargalo,
durante entrevista, o petista destacou as principais ações do governo
Wagner em relação à saúde do estado. “O mais importante é fazer uma
comparação do que tínhamos antes e do que temos hoje. A mortalidade
infantil teve uma queda importante no período desses sete anos. Nos
indicadores de ocorrência de doenças tivemos um impacto fenomenal.
Quando o governo Wagner entrou tinha epidemia de sarampo na Bahia,
principalmente nas regiões de Senhor do Bonfim e Irecê. Hoje estamos sem
sarampo desde 2007. Estamos sem rubéola desde 2009, meningite e
varíola, apesar de ser nosso período, pois estamos com incidência menor
que São Paulo e Rio de Janeiro e Distrito Federal. Compramos vacinas e
hoje temos uma queda brutal nestas ocorrências”.
O secretário ainda afirmou que em sete
anos foram construídos mil novos postos de saúde, sendo que 600 são com
recursos do governo do estado e os demais do governo federal. Ainda
segundo ele, na Bahia como um todo há mais de 1,1 mil médicos
contratados pelo Ministério da Saúde, que estão atuando na rede básica
enquanto na urgência e emergência 80% de cobertura populacional em
relação ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.