terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Jorge Solla deixa o governo e vai se dedicar a candidatura a deputado federal


Hoje, o secretário estadual de Saúde, Jorge Solla (PT), deixa a pasta do governo para intensificar as ações para as eleições deste ano. Solla anunciou estratégias para viabilizar sua candidatura a deputado federal, e declarou apoio à Rui Costa na sucessão do governador Jaques Wagner, apontado por ele como “o candidato mais preparado para assumir o Palácio de Ondina”, segundo entrevista ao Jornal Tribuna da Bahia.
Com tempo dedicado, exclusivamente, à campanha de deputado federal, Jorge Solla garante que não medirá esforços para também viabilizar a campanha de Rui Costa, candidato lançado por Wagner ao governo do estado. As estratégias de campanha serão focadas na comparação entre as ações do governo Wagner e as gestões passadas. “Vamos construir a candidatura dentro do Partido dos Trabalhadores. Acredito que a candidatura de Rui Costa tem um legado positivo na área de saúde para apresentar e a campanha eleitoral é um momento bom porque permite dar mais visibilidade a todos os investimentos e comparar os oito anos do governo atual com os governos anteriores. Wagner fez três vezes mais do que a soma de todos os governos anteriores”, garante o secretário, criticando o dois pré-candidatos ao governo da base oposicionista.
“Enquanto o possível candidato a governador, que já foi governador duas vezes,  fechou um centro de atendimento para pacientes com insuficiência renal, o governador Wagner recriou e este ano  estará botando medicamentos para todos os pacientes de todo o Brasil. Na gestão de Imbassahy como prefeito, tinha raiva humana em Salvador. Temos muito para comemorar e muito para comparar. Contra números e fatos não há argumentos”, afirma.
Em breve avaliação sobre passagem pelo cargo, o secretário Jorge Solla disse que a interiorização do processo da saúde foi uma das maiores marcas da gestão, uma vez que foram abertos hospitais de grande porte nas cidades de Irecê, Barreiras, Vitória da Conquista, Teixeira de Freitas, Juazeiro e Feira de Santana.
Apesar de garantir uma rede de saúde que cobre a maior parte das regiões do estado, saindo na área de terapia intensiva de 311 leitos para 932, Solla ainda admite que a demanda seja insuficiente. “Demanda em saúde nunca será plenamente atendida. Aqui a gente busca ampliar para dar conta da urgência e emergência de forma imediata e reduzir o tempo de espera. Não adianta abrir serviços se não tiver possibilidade de povoá-los com profissionais da saúde”, disse.
Apesar de ser considerado um gargalo, durante entrevista, o petista destacou as principais ações do governo Wagner em relação à saúde do estado. “O mais importante é fazer uma comparação do que tínhamos antes e do que temos hoje. A mortalidade infantil teve uma queda importante no período desses sete anos. Nos indicadores de ocorrência de doenças tivemos um impacto fenomenal. Quando o governo Wagner entrou tinha epidemia de sarampo na Bahia, principalmente nas regiões de Senhor do Bonfim e Irecê. Hoje estamos sem sarampo desde 2007. Estamos sem rubéola desde 2009, meningite e varíola, apesar de ser nosso período, pois estamos com incidência menor que São Paulo e Rio de Janeiro e Distrito Federal. Compramos vacinas e hoje temos uma queda brutal nestas ocorrências”.
O secretário ainda afirmou que em sete anos foram construídos mil novos postos de saúde, sendo que 600 são com recursos do governo do estado e os demais do governo federal. Ainda segundo ele, na Bahia como um todo há mais de 1,1 mil médicos contratados pelo Ministério da Saúde, que estão atuando na rede básica enquanto na urgência e emergência 80% de cobertura populacional em relação ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.