A distribuição da
população e o tamanho da superfície são exemplos dos diversos
contrastes existentes entre as regiões brasileiras.
No aspecto físico ou natural, encontramos diversos
tipos de clima, relevo, solo e vegetação. Existem também as diferenças criadas
pelo homem e suas diversas formas de se relacionar com a natureza,
modificando-a e produzindo variados ambientes.
No Brasil, predominam climas quentes e úmidos.
Constituem exceções o sertão nordestino, onde há pouca umidade, e o Sul do
país, onde as temperaturas são mais baixas no inverno.
A população brasileira é fruto da miscigenação (mistura)
de várias etnias e grupos de imigrantes, sendo heterogenia, nos seus traços e
feições.
Não existem no Brasil rivalidades entre os povos, como em outros países.
As diversidades regionais de um país das são decorrentes de sua formação
histórica, Algumas diferenças têm origem na própria natureza, mas os grandes
contrastes são de ordem humana (econômica, cultural e política) determinada
pela história de cada país.
O fato de o Brasil ter sido colônia de Portugal, voltada exclusivamente
para o enriquecimento da metrópole (Portugal), deixou marcas que até hoje podem
ser observadas, como por exemplo, a distribuição da população brasileira no
espaço: as maiores concentrações demográficas ocorrem na porção oriental do
país.
No período colonial, a população se concentrava no litoral, porque o
litoral era o ponto de ligação com a metrópole (Portugal). Ainda hoje as
regiões litorâneas são muito valorizadas, porque a economia brasileira continua
dependente das grandes potências capitalistas.
Uma economia do tipo colonial é voltada especialmente para a
exportação de mercadorias baratas, produzidas por mão de obra mal remunerada.
Os melhores produtos são destinados ao mercado externo. Isso leva a uma
valorização dos portos e de suas áreas vizinhas.
O Nordeste brasileiro
é a região onde mais se percebem os traços da colonização. Foi à primeira área
de povoamento europeu e, durante cerca de três séculos, foi a principal região
do Brasil Colônia.
O Nordeste foi colonizado com base na economia
canavieira: a cana-de-açúcar era cultivada em grandes propriedades
monocultoras e utilizava o trabalho escravo. Cultivavam também o algodão, com
importância menor que a cana-de-açúcar. Até hoje os melhores solos são
destinados aos canaviais.
Essa ocupação colonial deixou características marcantes no Nordeste:
pouca vegetação original, que foi derrubada desde o século XVI, e a presença da
etnia negra na população, resultante do uso da mão de obra escrava até o final
do século XIX.·.
As regiões Nordeste e Norte ainda
apresentam os piores indicador sócio econômico do país, evidenciando um
desenvolvimento territorial desigual no Brasil.
O Centro-Sul se
desenvolveu economicamente depois do Nordeste. Sendo a área mais industrializada,
a mão de obra escrava foi menos utilizada e aí se fixaram os maiores
contingentes de imigrantes, com presença marcante de povos de etnia branca.
No século XIII, Portugal passa a ocupar a Amazônia, apesar de ser ainda
um território espanhol. Nesse período, a principal atividade econômica era o
extrativismo vegetal (Drogas do sertão) do qual os europeus tinham grande
interesse nas especiarias amazônicas.
A construção de fortes e missões Jesuisticas, ao longo do curso do rio
Amazonas, serviu para o povoamento da região e assegurar a atividade econômica
da Região.
A Amazônia é a área menos povoada do Brasil, embora nos últimos anos sua
população venha crescendo bastante.
Hoje a Amazônia vem sendo intensamente ocupada e suas matas estão sendo
destruídas.