Está
causando mal-estar entre integrantes do governo a decisão do gabinete da
Presidência de determinar que todas as comunicações relativas a viagens
presidenciais sejam classificadas como "reservadas". Isso significa que
elas terão de ser mantidas sob sigilo até o final do mandato da
presidente Dilma Rousseff, em 2014, ou, em caso de reeleição, até 2018.
Na semana
passada, os postos do Itamaraty no exterior receberam uma circular
telegráfica pedindo para manter sob sigilo até as mensagens
administrativas -- isso inclui todas as comunicações relacionadas às
viagens, desde número e preço de quartos de hotéis até pautas de
reuniões.
Os gastos da
Presidência em viagens têm despertado críticas. Reportagem da Folha de
21 de março deste ano revelou que o governo brasileiro desembolsou €
125.990 (R$ 324 mil) com hospedagem e salas de apoio e reunião para a
comitiva de Dilma Rousseff em Roma durante a missa inaugural do papa
Francisco. O gasto teria sido menor se Dilma tivesse optado pela
residência oficial. (Informações da Folha de S.Paulo