Após
fechar acordo de cessar-fogo com Eduardo Campos, o ex-ministro Ciro
Gomes (PSB) elevou o tom das críticas ao governo federal e já acena com
apoio à eventual candidatura presidencial do governador de Pernambuco e
presidente nacional do PSB. Para
Ciro, a gestão Dilma é 'muito ruim' e a economia do país se 'deteriora'
de 'forma rápida e grave', com possíveis consequências nas urnas em
2014.
'Ela [Dilma]
pode até chegar na eleição, mas não ganha do jeito que as coisas estão
indo. O buraco das contas externas do Brasil é o maior da história',
disse.
Para Ciro, 'O
governo da Dilma é muito frágil. Ela é uma boa pessoa, boa presidente,
mas o governo é muito ruim', disse Ciro, até então o integrante do PSB
que vinha se opondo de forma mais intensa ao projeto de Campos de
disputar a Presidência em 2014.
AINDA APOIA
O ex-ministro
da Integração Nacional de Lula ainda defende o apoio à reeleição de
Dilma -- justifica a posição como forma de manter a 'coerência' no PSB,
já que o partido deu apoio a ela em 2010. Mas
três semanas após ter jantado com Campos e acertado uma espécie de
cessar-fogo, Ciro lança sinais de apoio ao governador de PE. 'Se o partido decidir [lançar candidato], não tenha dúvida [que vou apoiar]', disse.
NÃO SE SUBMETER A DILMA
Ciro afirmou
ter externado a Campos sua opinião pelo apoio a Dilma, mas disse que
eles acertaram que continuarão a discutir o assunto. Para o ex-ministro, Eduardo Campos não deve 'se submeter a Dilma'.
'Se o governo
não entender que é preciso discutir as questões do país, conversar com
ele [Campos], reconhecê-lo como uma liderança importante do país, não há
razão para ele se submeter.'
Ciro e seu
irmão, Cid Gomes, governador do Ceará, vinham sendo as principais vozes
do PSB em defesa do apoio da sigla à reeleição da presidente petista.